segunda-feira, 27 de junho de 2016

O pisca pisca dos pirilampos.

















Acordei no meio da madrugada com o maior frio, precisei pegar outra coberta pra me aquecer e relaxar. E no quarto todo escuro,  vi algumas luzinhas brilhando no teto. Umas seis, de brilho fraquinho e quase dourado, mudando de lugar como se estivessem dançando. 
Achei que era sonho e fiquei um tempo curtindo porque era bem bonito... 
Aí voltei a dormir e sonhei que estava sendo embalada pelas pequenas fadinhas dos reinos de fantasia da minha infância.
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Hoje de manhã encontrei cinco vagalumes mortos no chão. Reduzidos à sua prosaica e efêmera condição de insetos voadores, um pouco menores que mariposas, com o traseiro gordinho como o das tanajuras.
Mortos e comuns, sem nada de especial.
Acho que a luz dos pirilampos se alimenta dos sonhos das pessoas, só pode ser...












Mas na real, as comidas preferidas deles são as lesmas e os caramujos! Não sabia dessa... A gente sabe pouca coisa desses bichinhos, como que eles nascem de ovos, por exemplo, ou que as larvas também tem luzinhas nos traseiros. Mas a coisa mais importante sobre eles que aprendi hoje, é que foi baseado na sua bioluminescência que os cientistas criaram as lâmpadas de LED... Essa foi demais.

Quando eu era criança, nas férias na praia, uma das tarefas preferidas da noite era catar pequenos vagalumes e colocar num vidro fechado, que maldade. As vezes com papel celofane colorido dentro, pra ficar cheio de magia... Mas ficávamos com uma lanterninha linda, que durava dois três dias, e depois a tampa era aberta e os pirilampos iam embora.
Essa é uma lembrança afetiva de minha infância.
Adoro pirilampos...


8 comentários:

Renata Lins disse...

sim, é cruel. mas é lindo também....
a gente fazia outra coisa cruel e bela: jogar pedrinhas no mar onde havia medusas, que ficam fosforescentes quando bate algo nelas.

Luciana Nepomuceno disse...

na casa que morei ainda agorinha, tinha estrelinhas coladas no teto. eu raramente acordo no meio da noite, mas quando sim, era encantador vê-las em discreto brilho, acompanhando meu son(h)o. Sei lá, lembrei de contar pra você.

BethS disse...

meio dormindo, meio acordada, né luciana?
por isso que adoro a noite...
beijos pras duas!

Rita disse...

Ah, eu quero tanto comprar essas estrelinhas pros quartos dos meus filhos. Não encontro. Humpf.

Os vagalumes: outro dia falei com a Amanda, minha filha, que há tanto tempo não vemos nenhum. Onde andam? Buá.

BethS disse...

Rita, não sei onde você mora, mas no Rio e mesmo em Brasilia, existem livrarias que vendem aquele envelopinhos com planetas, estrelas e outras imagens recortadas, e que brilham no escuro.
da pra encontrar também aquelas tintas, tipo luz negra, que a própria criança pode criar o que ela quiser e só ver quando a luz estiver apagada.
minhas netas pintaram uma parede assim, ficou bonitona...
dá pra fazer a tinta em casa, olha aqui:
http://pt.wikihow.com/Fazer-Tinta-que-Brilha-no-Escuro
beijo.

Cláudio Luiz disse...

li este post no celular e não deu pra comentar. Como voltei aqui hoje...
dos pirilampos, além dos que eu vi quando criança e foram poucos, me lembro do livro sobre dona beja que li. Não sei se é verdade ou só invencionices do autor. já que ainda não tinham a purpurina... ela prendia nos cabelos dentro da toca pirilampos, para que com o movimento da cabeça tivesse brilhos no cabelo. Só de imaginar alguma coisa me andando nos cabelos... gosto não. ainda bem que já temos strass e purpurina. rs

tunics disse...

eu ainda sigo pirilampos quando os vejo. acho a coisa mais mágica do mundo.

bjs

Letícia disse...

tempo que não vejo pirilampos... é a tristeza em morar no centro da cidade :/

amo seus textos :D